Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- Segundo os habituais analistas políticos da nossa praça, as últimas eleições autárquicas realizadas em Portugal revelaram que as listas de independentes ganharam força e que nalguns casos até suplantaram as expectativas mais optimistas, acabando por criar as mais variadas teses sociológicas, mas todas, com um denominador comum: os partidos têm de se abrir à sociedade e necessitam de reflectir sobre o sucedido. 


 

Claro que cada caso é um caso e não se deve generalizar, mas é bem verdade que a colossal abstenção em nada beneficia a democracia e que os partidos devem compreender que no poder local, que é de proximidade com as populações, torna-se fundamental que impere o bom senso e a vontade dos eleitores.

Conforme já aqui escrevi, em Cuba o sistema eleitoral é bem diferente e por isso, não sendo o voto obrigatório, o nível de abstenção situa-se sempre muito abaixo dos 10% quer chova ou faça sol. Porquê? Porque em Cuba os candidatos são uma emanação do povo e este revê-se nas pessoas que nomeia, sentindo a responsabilidade de ir votar para eleger os que melhor o possam representar nos vários órgãos do poder. 

Em Cuba exerce-se uma democracia participativa e existem variadas instituições onde as opiniões são livremente expostas e discutidas, mesmo as mais críticas e contundentes, desde que sejam honestas e sinceras, não sendo admitidas aquelas que reconhecidamente são encomendadas e pagas por organismos estrangeiros para desestabilizar a ordem constituída. 

Ainda há dias terminou em Havana o VIII Congresso dos CDR (Comités de Defesa da Revolução) em que participaram mais de 400 delegados de todo o país em representação dos cerca de 8 milhões de inscritos, tendo sido analisados e discutidos inúmeros temas que afectam directamente a população, com vista a melhorar o funcionamento do Estado e a contribuir para a sua maior eficiência aos vários níveis da Administração. 

Está na génese do povo cubano ser crítico, muitas vezes sem razão, mas é um direito que lhe assiste e de que não abdica. Se alguém pensa que os cubanos são amorfos e fáceis de manipular está redondamente enganado, porque a Nação é constituída por homens e mulheres que sabem o que é lutar pela sua independência em períodos de extrema dificuldade e que os seus heróicos antepassados não derramaram em vão o sangue que os fez tombar.

 Os minúsculos grupelhos de pseudo-dissidentes não passam de assalariados que se vendem por um punhado de dólares, traindo quem lhes proporciona gratuitamente o direito à existência, à saúde, à educação, à alimentação, à habitação, à cultura e a tantas outras coisas que noutro país, caso tivessem posses para isso, lhes sairia bem caro.

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