Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- Eu, que tantas vezes tenho criticado alguma comunicação social, não posso deixar de louvar desta vez o New York Times que após ter acesso a documentos agora desclassificados, revela que em 1976 o Secretário de Estado Henry Kissinger, figura tão conhecida dos portugueses, congeminava planos para lançar ataques aéreos contra Cuba visando portos e instalações militares, incluindo ainda o envio de batalhões de infantaria a partir da Base Naval de Guantanámo, território cubano ilegalmente ocupado pelos EUA desde 1902.


Esta invasão só não avançou porque entretanto as eleições foram ganhas pelo democrata Jimmy Cárter e porque a política externa norte-americana acabou por sofrer algumas alterações, abrandando as sanções impostas a Cuba e iniciando-se um diálogo construtivo que acabou por dar alguns frutos naquela época.

Mas, presidente vai, presidente vem, o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos EUA a Cuba continua, mesmo que criticado quase por unanimidade pela assembleia-geral das Nações Unidas e pelas mais variadas organizações internacionais que o consideram desadequado e criminoso. Hoje, até o próprio Kissinger que tanto mal queria a Cuba, é uma das figuras norte-americanas que apelam ao seu fim.

Este bloqueio, para além dos prejuízos directos e indirectos que provoca a Cuba, é uma das causas que obriga muitos cubanos a emigrar em busca de melhores condições de vida, já que dificulta o desenvolvimento do país em toda a sua plenitude. Estas verdades foram esplanadas por Eduardo Bennett, Presidente da Coordenadora de Organizações de Cubanos Residentes em Portugal, ao intervir no Encontro de Cubanos realizado no passado fim-de-semana na Figueira da Foz, onde estiveram presentes para além de muitos compatriotas e amigos, a Embaixadora de Cuba e o Presidente da Câmara Municipal daquela cidade.

Neste Encontro e como sempre, foram lembrados os heróis cubanos António, Gerardo e Ramón que continuam presos pelo delito de combaterem o terrorismo, apelando-se ao presidente Obama, prémio Nobel da Paz, para que tenha um gesto humanitário e os liberte rapidamente.

E como em 28 de Setembro se comemorava o aniversário dos CDR (Comités de Defesa da Revolução) criados em 1960 como resposta massiva do povo cubano aos ataques do governo dos EUA, também eles foram referidos como símbolo de resistência e de pilar fundamental na defesa da independência e da soberania nacional.

O espírito solidário que está na génese dos CDR, conferem-lhes a indispensável utilidade na organização das mais variadas actividades para o bem comum das populações, da sua segurança e da sua integridade, contribuindo para o reforço da democracia como base da estrutura política do país.

E como afirmou Fidel, “parece-me justo dizer que a história da nossa gloriosa Revolução não se poderia escrever sem a história dos Comités de Defesa da Revolução”.

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