Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- Uma das características de todos os cubanos é o seu alto sentido crítico em relação a tudo e a todos, contestando sempre o que está mal ou o que está bem, porque esse estado de espírito faz parte dos genes herdados dos seus antepassados desde há muitos séculos. Os humoristas, por exemplo, aproveitam bem essas características para fazerem rir as plateias para quem actuam ou até na própria televisão cubana, fazendo as suas críticas políticas e sociais.


Vem isto a propósito da mentira tantas vezes propalada sobre a falta de liberdade para ter opinião, quando isso é facilmente desmentido com provas concludentes, como é o caso do cinema subsidiado pelo Estado através do ICAIC – Instituto Cubano del Arte e Indústrias Cinematográficas, que desde o triunfo da Revolução em 1959 financiou mais de 500 filmes. 

Para que cada um possa tirar as suas próprias conclusões e porque as películas podem ser vistas através da internet, sugiro apenas “Fresa e Chocolate” de 1993, “Guantanamera” de 1995, “Lista de Espera” de 2000, Habanastation" de 2011 e “Conducta” de 2013. Para além de muitos outros, estes filmes abordam assuntos de carácter social e político. E para quem conhece as realidades cubanas, entende bem o seu alcance e o êxito que têm obtido junto da população e até em certames internacionais, já com vários prémios conquistados. 

Que se saiba, nenhum dos autores foi preso ou sequer molestado por delito de opinião, tal como alguns aprendizes da intelectualidade querem fazer crer que em Cuba todos têm de pensar da mesma maneira. A diferença está em que ter opinião é uma coisa, conspirar e provocar actos de desestabilização interna ou actos de terrorismo a soldo de uma potência estrangeira é outra bem diferente, condenada em qualquer parte do mundo.

Ninguém tem dúvidas sobre o apoio à cultura em geral e às artes em particular por parte do governo cubano, cumprindo o pensamento de Marti, “quanto mais cultos, mais livres”. E isto causa muitos incómodos a todos aqueles que se esforçam e utilizam todos os meios ao seu alcança para denegrir a imagem de Cuba.

Poucos países do mundo, mesmo os mais desenvolvidos, têm anualmente tantas manifestações culturais como aquelas que se realizam em Cuba, muitas de carácter internacional, onde estão representadas todas as artes com um nível tão elevado, que são inúmeras as propostas para que sejam apresentadas no exterior e poderem servir de exemplo para outras nações, incluindo Portugal, que já recebeu músicos, pintores, escultores, bailarinos e escritores cubanos, para além de alguns que se radicaram no país e que são autênticos embaixadores da cultura cubana.

Mas como São Tomé, “há que ver para crer” e por isso mais uma vez vos desafio para que visitem Cuba com espírito aberto e sem qualquer preconceito ideológico, tal como muitos o têm feito e não se arrependeram, por constatarem que a realidade é bem diferente daquilo que a propaganda mafiosa quer fazer passar para a opinião pública.

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